O imaginário para a contemporaneidade
Frederick Kiesler - Vision Machine
A construção da imagem interdepende de diversos fatores, o receptor, o desejo da análise e sua assimilação. Tanto a expressão visual
que o objeto ou a obra de arte expressem através da atitude artística, como também o imaginário sócio-cultural, ambos se compõem em
conseqüência de um simples e rápido olhar ou sentir. Pois, em um breve perceber o objeto, as relações ocorrem no local presente e na
forma como o indivíduo capta as informações que o meio lhe propõe. O indivíduo, com toda a sua bagagem social, trava com o espaço rá-
pidas relações que são absorvidas de acordo com as referências que este tiver. Se no momento atual, uma enorme gama de informações
visuais, sonoras, táteis e sensíveis têm atingido o observador da arte de maneira desordenada e intensa. A absorção de tanta informação
muitas vezes pode causar o efeito contrário ao desejado, uma falta de percepção do todo. Dentro deste mesmo momento mundial está o
rápido avanço tecnológico que gerou o impulso da criação da arte junto à tecnologia, entretanto com a massificação e a banalização do
eu social, esta mundialização do imaginário, trouxeram também a banalização do “eu” e do “lugar” dois parâmetros fundamentais para a
percepção e assimilação de qualquer imagem, assim, a compreensão e dissolução do conceito de “o que é imagem” se faz mais que necessário
para que, sobretudo na arte, a utilização das mídias e multi-meios não banalize o indivíduo ou o faça ser simples parte da grande
massa. Mas como reverter este processo de banalização do universo imagético contemporâneo? Pela simples compreensão do próprio
conceito de imagem conectado ao “eu” e à “condição de estar”.
Comments